terça-feira, 19 de maio de 2009

Festa de Nossa Senhora de Fátima, bairro da Cruz - Lorena


Uma das passagens bíblicas que mais me chama a atenção é do livro de Matheus cap. 21, onde narra que Jesus entrou no templo em Jerusalém, e expulsou todos os que vendiam e compravam naquele lugar, e disse-lhes: “A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.”
Bom, de acordo com essa passagem, podemos afirmar que se Jesus voltasse a terra hoje, teria muito trabalho para expulsar os novos mercadores do templo sagrado: padres, freiras, pastores, chefes espirituais, que tem usado o nome de Deus para angariar alguns tostões, e ta valendo tudo pelo poder, até mesmo colocar de lado as convicções da igreja.
Essa semana aconteceu a festa da paróquia aqui ao lado da minha casa, festa de N. S. de Fátima, uma festa que era tradicional aqui no bairro mas que devido ao vandalismo e a criminalidade que imperava na nossa cidade, a festa foi extinta. Que bom que voltou com toda força, trazendo diversão e religiosidade os moradores da comunidade.
Mas algumas coisas me chamaram a atenção, e precisam de esclarecimentos, tais como:
Se a igreja é contra a bebida e a jogatina, por que vimos na festa tantas barracas vendendo bebidas alcoólicas? Ah, mais vão dizer assim: isso ocorreu fora dos portões da igreja, na rua.
Ok, então me respondam por que, no salão paroquial ocorria seções de bingo? É jogo, não é?
No meu ver, construir uma nova igreja, na qual o padre local já intitula de santuário, com dinheiro provido daquilo que a própria igreja abomina, não seria errado?
Ou a igreja católica esta mudando seus conceitos, ou eles são mudados de acordo com seus interesses.
Outra coisa que marcou as festividades da santa portuguesa, foi o envolvimento dos vereadores e da prefeitura na elaboração dos festejos, precisamos saber agora o quanto de dinheiro público foi gasto por ali.
O padre deve ter ficado de saias curtas, ops! De batina curta. Já que no local estavam os vereadores do bairro e outros que o padre prometeu apoio nas eleições passadas, e como todos sabemos esse apoio não veio, pelo menos público ele não se tornou.
Outra coisa que mexe com meus sentidos, é saber como os padres aqui de Lorena se portam diante de um prefeito, que não congrega da mesma religião que os mesmos. Vale lembrar que a igreja católica assim como a evangélica sempre pede aos seus fiéis para votarem em pessoas da mesma religião.
Mais um coisa, organizar uma festa é pensar em detalhes necessários para não macular o evento todo, ao término de cada dia seria de obrigação dos organizadores, uma limpeza no local e seu entorno (parece que limpeza e organização não é o forte dessa administração), para não criar conflito com os moradores que conviveram com o lixo e o mal cheio durante os dias da festa. Um exemplo disso é que hoje 2 (dois) dias após o término das festividades, nem a prefeitura, nem a paróquia limpou a rua onde ocorreu a parte profana em comemoração as aparições da santa na cova da Iria, em Portugal, e sim os moradores do local.
E mais, os seguranças que a prefeitura disponibilizou, era para proteger as pessoas que circulavam pelo local, ou fazer a segurança pessoal do padre? Pois vi o mesmo sempre circulando pela festa, rodeado por seguranças, achei principio que era o padre Fábio de Mello (o padre pop star), depois vi que era mero engano, e sim o padre que em dias normais circula a pé pelas ruas do bairro. Rsrsr, ou seja, não entendi a necessidade dos seguranças para o mesmo.
Tomara que depois de tanto desgaste da comunidade e de dinheiro público, esse esqueleto de prédio deixado pelo padre idealizador a 10 (dez) anos atrás consiga ser concluído.
Uma última pimentinha, que saudades eu tenho, do bom gosto do padre Valdeci na decoração da igreja para a festa e no carro que transportava a santa pela ruas do bairro.
Enfim que N.S. senhora de Fátima nos ajude…Amém.